A vida é muito sábia e nada acontece por acaso. Não é por acaso que há nove anos li por primeira vez algo a respeito das leis do Hermetismo, de Hermes Trimegisto. Não é por acaso que vim morar há 4 anos na Espanha, em Santiago de Compostela. Como não é por acaso que dois vídeos e três livros chegaram ao meu conhecimento recentemente. Nada é por acaso, podem ser fatos correlacionados entre si ou não, afinal não somos um ser com uma única faceta na vida. Não posso comprovar nada do que falo, não sou uma cientista. Eu não preciso de comprovações. Para tantas coisas na vida fui como São Tomé – que precisar ver para acreditar -. Como dizia, para muitas coisas fui assim e sigo sendo assim, nesse caso não preciso, todas as informações chegam em mim de forma natural, com uma tranquila sensação de que já ouvi e conheço tudo isso. É como se meu barco da vida chegasse em um porto tranquilo, aqui me sinto em paz, confio e evoluciono como pessoa e espirito, que também sou.
A primeira vez que tive contato com os 7 Princípios Herméticos, num curso de numerologia, não entendi em profundidade todos os princípios, mas aceitei a todos com uma compreensão não explicada, mas sentida como se já fosse parte de todo este processo, parte do TODO. Coincidentemente, nove anos depois de ter meu primeiro contato com os Princípios Herméticos, chega a minhas mãos novos materiais (os vídeos e os livros) que falam sobre a Espiritualidade e os Princípios do Hermetismo. Casualidade? Coincidência? Claro que não. É a vida e suas leis.
Durante esse período de nove anos, entre o primeiro e o segundo contato com os Princípios Herméticos, minha vida passou por um processo de mudança intenso numa velocidade incrível, me perdi no mundo materialista e os sinais indicativos da vida de que ia por um caminho inadequado não foi suficiente, por fim, a vida teve que me parar e foi quando o Universo colocou travas nos meus pés. Totalmente perdida e distante da minha espiritualidade cai numa depressão tão profunda e por muitas vezes pensei, sonhei e planejei como poderia morrer, ou melhor dito, me suicidar. Foram oito meses na cama e o total de doze meses para recuperar minhas forças e meu equilíbrio. Os remédios ajudavam pouco, eu conseguia sair da cama para o sofá, mas passava batida pelo banheiro e só via a rua pela fresta da janela. Quando saia a rua tinha fortes ataques de pânico, não conseguia respirar e meu corpo tremia como se tivesse frio. Sentia constantes dores no estomago e cabeça e, ficar em casa, no sofá ou na cama, era um consolo. Foi um largo caminho sair desse processo, momentos de tomar mais de 15 pastilhas ao dia, me olhava no espelho e não me reconhecia. Quando consegui voltar a me concentrar e ler, pouco a pouco tudo foi mudando.
Para que o meu leitor possa compreender melhor tudo o que conto, em nove anos, mudei de apartamento três vezes, mudei de País uma vez, adotei um filho. Encontrei um falho nos olhos, para solucionar fiz uma cirurgia que deu problemas e fiquei temporalmente sem enxergar de um olho. Durante esse tempo, que não enxergava, dirigi e trabalhei sem praticamente ver de um olho e nada de ruim aconteceu, fiquei assim por 8 meses, até que fiz uma nova cirurgia e o olho ficou mais ou menos bom e aprendi a conviver com ele. Comprei um apartamento. Minha mãe se foi a viver longe de mim, por motivos que não compreendi, até que entendi que era seu direito e seu karma. Ganhei diversos prêmios de melhor comercial ou pela melhor venda. Ganhei muito dinheiro, gastei muito dinheiro em coisas que não me lembro. Perdi meu pai num acidente de carro. Vendi todas as coisas de três apartamentos. Fechei três apartamentos. Confirmei histórias da vida do meu pai que desconfiava. A vida me deu respostas a muitas das minhas perguntas. Vi meu sogro ficar muito doente e passamos mais de um mês com ele no hospital, numa UTI, até que ele morreu. Eu fiz as orações de Adeus aos nossos mortos e expliquei para algumas pessoas minha visão da morte. Confortei a minha sogra e ao meu marido. Consolei ao meu filho. Fiz Reiki e Imposição de mãos para equilibrar as energias familiares. Chorei por ultima vez há 7 anos. Me envolvi com um processo judicial, por causa do testamento do meu pai, que dura até hoje e me fez sofrer muito, até que compreendi que no tempo certo finalizará. Briguei com a minha sogra na mudança de País, sofri muito por isso. Me aproximei do minimalismo e doei metade das minhas coisas, incluindo coisas do meu filho e marido. Fiz uma super festa de 5 anos para o meu filho, outra super festa de 50 anos para o meu marido, ambas memoráveis, ambas caríssimas. Porém memoráveis!
Hoje, curada da depressão, em processo de liberação dos remédios – só falta um por deixar – sinto uma força que me impulsiona a contar minha experiência e minha vida espiritual. Espero poder tocar um coração e ajudar alguma pessoa. Espero poder colaborar por um mundo mais humano e equilibrado. Espero poder ensinar algo do que aprendi com a vida. Espero e a vez, não espero. Deixo aqui para que o Universo trabalhe e possa definir o caminho que devo seguir.
Estou aqui e os deixo um grande e fraterno abraço de luz!!!