
que duvida, escrever. a quem quero enganar, não saio do lugar e quero estar no topo da montanha olhando a todos de cima. é o galego, é o espanhol, é o portugués, nem um idioma único eu hablo.
sou a farsa do monte que vejo na minha frente, que diz na placa que tem um rio. um rio verde com uma ponte centenária sobre o rio que secou pela falta do seu amor.
quem ama quem? ninguém, a vida é toda uma farsa. todos mentem. mentem que amam mas não sabem quem é o outro com suas preferências.
três mulheres cantam com suas vozes agudas um ritmo mesclado, inovando o velho conhecido, conquistando os jovens e os velhos que querem ser jovens. elas cantam a falsidade, o amor e a dor. antes, as que foram elas no passado, cantavam as dores da fome. elas as dores do amor.
eu escrevo para quem sente, como elas, que cantam para quem sente. pode ser dor de amor, dor de vida ou dor de viver. se não sente, aqui não é seu lugar. este espaço é de quem sente. sinta o que sinta, sinta o que queira sentir ou deixar de sentir, este é o seu canto.
A.F.